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 Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.

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Hizome
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MensagemAssunto: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 02, 2008 4:47 pm

Porque eu sou a criança feliz que não gosta de fazer o que tem que fazer e fica escrevendo historinhas pra passar o tempo. 8D
Resolvi contar a história da Hanyuu do ponto de vista da Sayuri, já que a maioria sabe quem ela é e os que não sabem vão saber logo.


Prólogo - O choro da criança e o despertar do demônio

Naquela manhã, depois de aproximados 200 anos, eu despertei por completo.
O choro daquela criança era uma música nada suave.
Era o canto infernal de quem repetiria minha sina.

------

No lugar onde nasci todas as pessoas pararam no tempo. Depois que eu morri, elas continuaram com os mesmos pensamentos. Enquanto eu arrastava lentamente meus pés por aquela casa durante séculos, pude sentir a tecnologia avançando, mas as pessoas não.
Eu não prestava atenção porque não conseguia. Para mim os mais claros dos dias eram como as mais escuras noites sem lua. Os mais altos sons eram para mim ruídos fracos de uma estação de rádio fora do ar. Minha voz não saía, assim eu não podia gritar. Meus braços não se erguiam, como se estivessem acorrentados ao chão. Mas meus pés continuavam arrastando, sem fazer barulho algum.
Na minha cabeça eu continuava contando os segundos desde o dia que eu comecei a fazer isso. Depois os converti em minutos. E então, em horas.
1.751.999 horas, 1.752.000 horas...
Meus murmúrios eram tão baixos que nem eu ouvia. Os vultos que passavam freneticamente por mim também não pareciam ouvir.

Então, eu ouvi.

Naquele início de manhã, meus olhos abriram e eu pude ver os raios de sol batendo no assoalho de madeira da casa. Meus braços retomaram seus movimentos, e com medo, eu me agarrei à parede. Não me sentia mais cansada, ou com vontade de contar os segundos.
Eu só queria saber de onde vinha aquele grito que me acordou.
Corri em minhas pernas, e fiquei momentaneamente feliz de saber que ainda tinha fôlego depois de todo esse tempo. Dei passadas largas que atravessavam corredores mas ainda eram inaudíveis, até chegar na sala da casa-labirinto.
Havia uma velha no canto da sala, que se escorava na parede e olhava aterrorizada para alguma coisa. Havia uma mulher de longos cabelos negros em um nagajuban* branco com sangue, que ofegava muito alto, enquanto ainda de joelhos, segurava a coisa de que a velha tinha tanto medo.
Um pequeno bebê também ensanguentado e de choro estridente, com orelhas e rabo de gato.
Assim como eu.
Levei minhas mãos à cabeça e encontrei-as. Analisando suas formas com meus dedos compridos, eu comecei a lembrar de como eu havia parado ali.

Sim, eu me lembrava agora de que eu não era humana.

E que, há duzentos anos atrás, eu fui selada na casa das sacerdotisas da vila.

Minha cabeça voltou para a realidade quando a mulher de cabelos negros abraçou sutilmente o recém-nascido contra seu peito e começou a chorar.

- Minha filha - Ela disse, entre soluços.
- É um demônio - Completou a velha assustada do outro lado da sala, depois de parar de tremer.

Nagajuban: Tipo de veste parecido com um yukata que se uma por baixo das roupas.




Comentem, bandileso.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 02, 2008 9:42 pm

Desculpa a demora, pressada xD

Omg, Sayuri *-* Eu tinha lido Miyuki o____O
A Sayuri rula, concordo. Vou adorar ler essa fic, se vc escrever! \o/
E aposto que isso vai ajudar nas seções /hmm
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 9:56 am

Incrivelmente legal \*-*/ Continua pq esta muito bom!!
Vou ler denovo pq ta muito bom xD
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 12:24 pm

Sankyou =3

Hoje parece que vai ser um dia bem chato, vou ver se continuo escrevendo.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 4:54 pm

Sei lá o que eu comento. Pensei que a Sayuri tinha nascido junto com ela 8D

Mas enfim, pra um prólogo ficou muito bom. Dá aquela ansiedade pra continuar lendo, sabe? (H)

E, pra ficar meio off... *aponta assinatura* Oi, Nanyuu! Ho
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 5:00 pm

E pra continuar o off: Eu também achei aquele H o cúmulo do nosense.

Ele perde só prum S que eu vi uma vez, que parecia um L.

Agora parou com o off.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 5:06 pm

Que nem na sua sain que eu li Hanyzete? Ho

Mas a Cake tem razão... Foi por pura distração minha, porque parecia Hadyaa 8D
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 5:19 pm

Oi eu consegui escrever um capítulo em uma tarde *joga confetes em si mesma*

Capítulo 1 - Sentimentos

Depois de um tempo, eu percebi que a velha assustada era a parteira. A mulher de cabelos negros era a mãe da criança, mas não apenas isso. Ela fazia minha youki* recuar. Eu não podia chegar perto dela. Então eu finalmente tive noção de quanto tempo havia passado. A miko (sacerdotisa) da vila não era mais a mesma. Era alguém completamente diferente, que havia dado luz a alguém igual a mim.
Naquele momento eu me ajoelhei e pedi que a criança morresse. Morrer seria muito melhor do que o futuro que a aguardaria. Por isso eu pedi para ela morrer, já que eu não podia matá-la agora.

Mas minhas preces não foram ouvidas.

Afinal, eu sou um demônio.

- Hisaki-san! - A mulher de cabelos negros chamou pela velha parteira. Ela ainda segurava a criança perto do corpo, e esta por sua vez não tinha mais berros para dar - Hisaki-san, eu lhe imploro. Minha filha não fará nenhum mal. Ela tem o meu sangue em suas veias. Entenda!
- Miyuki-dono - A velha Hisaki tinha a voz tão trêmula quanto suas mãos - A...criança. Você não... pode escondê-la. Umino-san tem que ser informado... Miyuki-dono!
A mulher, não, Miyuki caiu no chão, ainda segurando a criança contra o peito. Não parecia que ela iria soltar o bebê tão rápido. E ela estava fraca por causa do parto. Hisaki tentou ajudá-la, mas estava velha e com medo demais para erguer Miyuki do chão.
Ela chamou os chefes da vila, outro monte de pessoas que eu nunca havia visto antes. Eram dois homens. O primeiro se chamava Umino Sanji, e era um idoso grisalho, com olhos apertados e vestes pomposas. O segundo era seu filho, Umino Akira, que era um homem alto de cabelos castanhos e olhos azuis. Os dois conseguiram erguer Miyuki do chão e levá-la até seu quarto. A mulher não havia soltado a criança, até então.
Quando ela acordou, estava sozinha com a criança. Passou a mão pela testa, e se sentiu suja e suada. Mas sua filha estava lá, mesmo que ainda com sangue, mas estava viva. Isso a deixava aliviada e feliz.

Apenas ela ficou feliz com isso.

Miyuki saiu andando logo depois. Era forte como mulher e aguentaria o fardo sozinha, era o que tinha pensado. Limpou a criança e tomou um banho. Depois amamentou-a. Estava absurdamente feliz e assustada ao mesmo tempo. Dormiu pelo resto da tarde junto da criança. Acordava quando precisava acordar, e tentou se acostumar com os horários da filha.
Ela queria aproveitar isso antes que este privilégio fosse tirado dela.
Naquela noite, Miyuki chorou.

E eu fiquei escorada na porta de correr de seu quarto, ouvindo seus soluços se misturarem aos da criança que parecia entender o sofrimento da mãe, mas que chorava por sua própria vida.

Confesso que eu queria ter chorado também. Eu queria ter lamentado pelo inferno que seria da vida desta garota que não tinha um dia de idade. Mas eu não chorei ou solucei.

Porque afinal, eu sou um demônio.

E demônios não têm sentimentos por humanos.

Eu apenas fiquei ali pelo resto da noite, olhando para o chão enquanto as horas passavam.
1 hora... 2 horas... eu voltei a contar.

Quando haviam se passado quase 12 horas, Miyuki saiu do quarto vestindo um fato de miko. Ela não tinha sua filha nos braços.
Sem ela ali, eu pude finalmente olhar para o aposento. Ele era um tanto amplo, mas com uma única e grande janela em uma das paredes, uma cama no centro, oposta a um armário, e um berço repleto de mosquiteiros encostado em outra parede. Eu caminhei lentamente para dentro do quarto, reparando no berço. A garota estava lá dentro.
Mesmo que recém-nascida, parecia uma graça. Não tinha como não compará-la com um filhote de gato. Mas eu não fiquei lisonjeada com isso. Ergui os mosquiteiros, e calmamente abaixei minha mão na altura de seu rosto. A criança não podia viver, ela não merecia isso.
Mas eu não consegui matá-la.
Três coisas aconteceram simultaneamente nesse momento. A primeira foi minha mão que congelou no ar, como se milhares de pequenas ondas elétricas entrassem por meus nervos causando-me choques desconcentrantes, fazendo-me perder o movimento do braço. A segunda foram vozes vindo de algum lugar próximo dali. Várias vozes, falando uma por cima da outra. A terceira, foi um silêncio mortal logo depois. Mas a garota não ouviu, pois continuava no seu perturbado sono.
Eu corri até a sala onde ninguém mais falava. Miyuki estava de pé, com uma cara cansada e doente, segurando seu ventre ainda dilatado. Haviam mais nove pessoas na sala. Aquela cena me era familiar.
Era sim, uma conferência das três famílias principais da vila. Haviam dois casais de cada família, olhando para a miko, uns curiosos, outros pesarosos e outros com medo. Ela sentou-se sobre seus joelhos e olhou para o chão, entristecida por ter sido tudo tão rápido. Eles certamente iriam matar a garota que ainda nem havia recebido um nome.
- Bem - Um dos velhos na sala limpou a garganta. Era Sanji, um dos homens que havia visto a garota - acho que todos aqui já sabem o motivo da conferência.
A sala ficou em silêncio. O único som que se podia ouvir era o da respiração pesada da miko, que parecia cada vez mais cansada.
- Miyuki-dono. Aono-san disse que a garota tem orelhas e rabos de gato, como... - O velho Sanji hesitou - ...como o demônio do lírio.
Eu pisquei algumas vezes quando ele disse isso. Então era assim... que eles me chamavam. Eu senti minha raiva crescer dentro de mim mais e mais conforme a reunião passava. Eu não ouvi mais as súplicas da velha parteira sobre matar a criança. Dei um murro forte na porta, mas essa continuou parada e silenciosa. Eu percebi que não podia tocar nas coisas. Eu estava impedida de fazer isso.
- Não podemos matá-la - Disse Miyuki, depois de um tempo. Ela tinha lágrimas invisíveis nos olhos, mas continuava com a expressão dura - ...isso... isso iria atrair a ira de outros demônios, e eu sozinha não poderia lutar contra todos eles. Não vou permitir que a vila fique em perigo.
Uma grande mentira. Nenhum ser no Onihibi* iria se importar se a garota morresse.
- Então não temos outra escolha - Disse um outro idoso ali presente - Miko-dono, você precisa afastá-la. Como miko, assuste o demônio até que ela tome consciência e vá embora.
- Assustar? - Miyuki engoliu seco - Como assim...?
Ela não precisou de uma resposta. Todos olhavam para ela com a mesma expressão agora. Eu escorreguei pela parede quando entendi o que iria acontecer. Pobre garota.
- Eu... - Ela estava hesitante. Não saberia como assustar a própria filha sem usar força bruta - Eu...
- Onegai, Miyuki-dono - Finalizou Sanji.
- Hai - Disse ela, com horror e medo nos olhos. Estava apavorada com o que eles faziam agora. Estava com nojo do que iria fazer.
As pessoas começaram a se levantar para sair. Uma mulher de cabelos ruivos e olhos sedutores riu um pouco.
- Como é o nome da garota? - Ela perguntou.
Miyuki olhou para cima, ainda com medo. Tremia fortemente, por isso apertou os punhos contra os joelhos. Engoliu seco e respirou fundo para falar sem falhas.
- Hanyuu.

Youki: Coiso que eu tirei de Inuyasha. É como se fosse o poder maligno que emanda dos demônios.
Onihibi: Mundo dos Demônios. Eu que inventei mesmo 8D~


Última edição por Hanyuu em Qua Dez 03, 2008 6:43 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQua Dez 03, 2008 5:33 pm

Wow. É a única coisa que eu tenho a dizer.

Você realmente inovou nessa fic, hein? o_o
Espero que não largue dessa vez u_u
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQui Dez 04, 2008 9:33 am

Yup, não largue. Eu gosto de saber essas coisas...
Afinal, a Sayuri não está no corpo da Hanyuu? .__.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeSex Dez 05, 2008 12:31 am

Pelo o que parece, não.

Mas eu também pensei que a Sayuri estava no corpo da Hanyuu o_o
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeSeg Dez 08, 2008 12:02 pm

Graças a deus é uma fic curtinha e mal começou já tá acabando *deve ter mais um ou dois capítulos além desse*

Capítulo 2 - Inútil

Hanyuu havia completado 5 meses quando um estranho bateu na porta da casa das Yuasaka. Miyuki arregalou os olhos ao atender. Correu para dentro e pegou Hanyuu nos braços, gritando com o homem desconhecido. Eu não queria ouvir mais. Resolvi, para meu próprio bem, não ficar perto daquelas duas. Então, uma semana depois da garota nascer, eu me escorei em uma parede qualquer e comecei a contar os minutos. De onde eu estava podia ouvir os berros da miko.
- Eu não vou entregá-la para você, seu cafajeste! Você não pode fazer isso, nem com ela, nem comigo!
Cerrei meus punhos. Podia ser aquela miko tão burra a ponto de não ver ali uma solução?
Eu andei de joelhos até a entrada, olhando para tudo cautelosamente. O homem era alto, de cabelos negros e olhos castanhos. Pelas suas roupas, era um homem poderoso. Tinha vindo atrás de uma miko de uma vila minúscula, atrás de um pequeno gatinho.
Ah sim, aquele era o pai da Hanyuu. Eu presumi.
- Eu falei que voltaria, não falei? Pois bem, eu voltei. Agora é só me entregar a criança que eu irei embora.
- Vai se catar - Miyuki estava brava - compre uma barriga se você quiser um filho. Não fique... - ela parou e virou o rosto. Estava com lágrimas nos olhos - NÃO FIQUE SEDUZINDO MULHERES POR AÍ!
- Você não entende! Eu realmente...
- CALE A BOCA! - Miyuki virou-se, e Hanyuu começou a chorar - Apenas... vá embora.
Quando o homem finalmente cedeu, Miyuki acalmou a filha. Colocou-a de volta no berço e começou a chorar. Eu a segui, esquecendo da minha luta para deixá-las em paz.
- Se você está ai - ela falou, soluçando - demônio do lírio, se você está realmente selada aqui - ela começou a aumentar o tom de voz - eu lhe peço. Amaldiçoe estas pessoas que nos perseguem. Por favor!
Eu senti gelar quando ela chamou por mim. Naquele momento eu percebi o quanto eu era inútil.

Porque eu não podia amaldiçoar ninguém.

Eu não podia nem mesmo fazer-me presente. Tocar nas coisas dentro de meu confinamento.

O tempo passou rápido demais por meus olhos. Hanyuu cresceu, e virou uma bela criança. Trancafiada em casa por sua mãe, que não lhe dirigia sorrisos. Mas a garota continuava fiel a mulher. Pois lá dentro ela lembrava das noites em que Miyuki não dormiu para fazê-la sadia e acalmá-la. Eu continuei a observando de longe. Com 5 anos ela já tinha os olhos profundos. Noites perseguidas por pesadelos obscuros que as outras pessoas lhe causavam. Ela não tinha amigos.
A menina tinha cabelos negros como a noite e os olhos verdes como esmeraldas. Eles brilhavam no escuro, e eu sorria para eles. Os meus também faziam brilhar no escuro. Mas não brilhavam tão belos como os dela. Só eu entendia isso. Para os outros, isso era motivo de ter medo.
Aquela manhã nasceu cinza. Miyuki saiu para limpar o templo, e Hanyuu correu sorrateiramente até a biblioteca que ficava na casa. Queria aprender a ler os livros que tinha lá. Se sua mãe não a ensinava, ela procuraria alguém que o fizesse.
Claro, esse alguém não existia.
Então ela simplesmente aceitou o fato de que teria que aprender sozinha.
Para sua sorte, havia livros pré-escolares na biblioteca também. Tirou alguns das prateleiras e os abriu no chão. Eu gostava de acompanhá-la e vê-la sorrir, nem que fosse apenas um pouco, enquanto olhava para as figuras impressas nas páginas.
De tarde, a mikonobaka (esse é o modo como eu decidi chamá-la, depois de todo o ocorrido) passou em algumas casas para cuidar das pessoas da vila. Ela trancara a casa, como sempre fizera. Hanyuu ainda estava entretida com figuras, quando ela viu um livro que falava sobre uma cerejeira em poucas frases. Olhou pela janela.
- Lá fora - Ela apontou ao longe - há uma igual o livro. Será que eu deveria ir ver a sakura-san e compará-la ao livro?
Ela estava sozinha na sala, eu averiguei. Indaguei se ela estaria falando comigo, mas ela não olhava para mim.
- Vamos, então! - Ela respondeu para si mesma.
Eu comecei a me perguntar então se ela já estaria ficando louca.
Hanyuu pulou a janela com o livro no braço. Fez questão de não passar perto das ruas, atravessando portões e árvores, até chegar numa grande colina.
Naquela colina havia apenas grama lisa e uma grande sakura. A sakura tinha reluzentes flores brancas, que pareciam demandar luz. Hanyuu aproximou-se devagar, segurando forte seu livro.
Então ela viu algo que ninguém mais via. Quase nos galhos da árvore havia uma menina com apenas meio corpo para fora do tronco, com os braços presos e dormindo calmamente. Tinha a pele mais alva do que leite, e cabelos rosa claros, quase brancos. Eles eram cachos perfeitos, e pareciam ter várias flores iguais as dos galhos presas no meio. A garota se mexeu quando Hanyuu apareceu, e abriu seus majestosos olhos rosados. Tinha uma expressão séria, mas no fundo era interrogativa.
- Eu... Eu sou a Hanyuu! Yuasaka Hanyuu! - a menina fez uma reverência para a garota da árvore - seu nome é?
A garota da sakura olhou-a com uma expressão mais interrogativa. Virou a cabeça, como se perguntasse porque Hanyuu conseguia a enxergar. Ninguém além de nós duas sabia que aquela era o espírito da árvore. Ela sorriu para Hanyuu. Não precisava de palavras para dizer.
- Soka, você é a Meimei no Sakura. Okaa-san falou de você para umas pessoas.
Sakura sorriu tristemente. Hanyuu ficou triste junto com ela.
- Eles acham que você é uma coisa que você não é, certo? - Hanyuu sorriu de ponta a ponta, coisa que nunca havia feito - Então somos iguais. Eles acham que eu sou um demônio.
Sakura olhou para ela tristemente. Lágrimas cristalinas começaram a rolar sobre sua pele branca, caindo no chão. No lugar onde elas caíam, apareciam lírios brancos. Hanyuu viu aquilo e sorriu.

Confesso que se eu tivesse visto, teria corrido.

Ouviram-se alguns gritos vindos perto dali. A menina virou-se, assustada. Não sabia o que fazer na companhia de outras pessoas. Eram um casal jovem. A mulher estava estática, enquanto o homem tremia. Os dois correram, gritando, para longe. Chamaram os chefes. Disseram a eles que havia um demônio com orelhas de gato fazendo lírios nascerem perto da Sakura Divina. Várias pessoas começaram a se juntar perto da árvore. Mas a menina meio-gato já havia voltado para casa.
Quando Miyuki voltou para casa ela estava irada. Arrancou Hanyuu de dentro do quarto e jogou-a no chão. A menina estava assustada demais, ela era ingênua demais.
- Porque você saiu de casa?! - Miyuki gritou, empurrando Hanyuu com o pé.
- Gomenasai! Gomenasai! Eu só queria ver a Sakura! - Hanyuu começou a chorar.
- Não faça mais isso! - Miyuki puxou Hanyuu do chão e bateu-lhe fortemente no rosto - Por causa disso, você e eu vamos sofrer agora.
- Gomenasai! - Hanyuu começou a chorar mais alto, e Miyuki a empurrou de volta para o quarto, trancando a porta.
Quando a mikonobaka entrou em seu quarto, ela chorou copiosa e silenciosamente.

Os chefes decidiram que Hanyuu devia ser selada.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 09, 2008 1:34 pm

Isso me lembrou MUITO Jigoku Shoujo, cara.

Mas como você é preguiçosa u_u
Eu ainda não vou sossegar até fazer no mínimo As esferas de Maidland V Ho

Mas deve ser porque é mahou shoujo. Aí a gente tem que encher de fillers ;D
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 09, 2008 4:36 pm

Mas a história da Hanyuu eu não preciso encher tanto assim D:

É por isso que eu gosto de curtinhos e oneshots *-*v
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 09, 2008 8:43 pm

Yay, gostei dos Namida Lilys xD

...você vai fazer até a ida dela pra maidland?
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 09, 2008 8:45 pm

Akshuali, not.

Eu vou fazer até ela sair da vila.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 09, 2008 8:54 pm

Não é a mesma coisa? A.A

[parabéns aliás, mas EU QUERO A HANYUU SE COMUNICANDO CA SAYUMI BAH]
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Dez 09, 2008 9:42 pm

Sayuri, cake.

Sayumi é a tia do Morning Musume.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeQui Dez 11, 2008 2:26 pm

Hanyuu escreveu:
Sayuri, cake.

Sayumi é a tia do Morning Musume.

Aié Ho

A culpa não é minha que eu confunda ;_____;
Eu só tenhoq ue lembrar do filme da gueixa...


E... HANYUU, NÃO CHAME A SAYU-CHAN DE TIA! BAH
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeSeg Jan 05, 2009 4:51 pm

Finalmente, depois de tanto tempo (h6)

Capítulo 3 - Súplicas

Eu e a garota deveríamos ser canonizadas.
Todo o mal que acontecia caía em nossas costas.
Quando a Meimei no Sakura queimou, não foi diferente.
Hanyuu chorou copiosamente, e pediu perdão.
Mas não havia volta.
Ela já era um fardo que precisava ser eliminado.


O dia seguinte era um belo dia de sol. Parecia tão irônico. Hanyuu estava escondida em seu quarto, com os lábios roxos de frio. Havia sido afundada na água gelada até não ter mais forças para se arrastar para fora da banheira. Precisava de calor. Ainda era manhã, e o sol não batia em sua janela. Se enrolara num cobertor grosso, mas ainda parecia muito frio.
- Porque é tão frio? - Ela perguntou para si mesma, em lágrimas.
Porque o mundo é frio com você. Um cobertor não vai ajudar enquanto estiver sofrendo.
Resolvi ir ver o que a mikonobaka estava fazendo. Ela estava sentada na cama, desolada, olhando para o teto. Cantava baixo uma música que eu não sabia a letra. Mas era triste.
O telefone tocou. A mulher esperou ele tocar três vezes para levantar e puxa-lo do gancho.
- Yuasaka desu. - Ela falou.
Uma voz do outro lado da linha soava grave e vagarosa. A cada palavra, o terror nos olhos da miko crescia mais. Ela apenas respondia que sim. E desligou.
- Eles não tem o direito de fazer isso conosco - ela souçou.
Eles não tem, mas eles vão.
Eu me escorei no meu canto de sempre do corredor. Arrastei as pernas para me acomodar e ouvi.
Um barulho de correntes douradas presas aos meus pés.

Então pela primeira vez depois de 200 anos eu tive um sentimento humano. Um sentimento de pena. Eles iriam fazer a mãe selar a filha inutilmente. Uma golfada de ar saiu de meu peito, parecendo uma risada.

Quem era o demônio agora?

Mas o meio sorriso que eu tinha desapareceu em lágrimas imaginárias quando eu finalmente percebi o quão a história dela parecia com a minha e como era diferente. Então eu parei pra pensar no que estava acontecendo. E me lembrei dela.

Sayumi.
Eles estão fazendo isso de novo.
Sayumi.
Me deixe ajudá-la.
Por favor.

Minhas súplicas foram em vão. Sayumi havia morrido, é claro. Depois de tanto tempo, o espírito dela nem devia estar mais aqui para me ouvir. Então porque eu continuava com a falsa esperança de arrancar as correntes com as mãos? A mikonobaka não iria me libertar.

Eu tentei correr. Porém, quanto mais eu corria, mais pesados meus pés ficavam.
Eu lutei contra o peso e a dor. E encontrei uma janela entreaberta. Comecei a empurrá-la, forçá-la. Qualquer coisa que fizesse ela se abrir. Coloquei meu braço pra fora da janela, e tentei me puxar para fora da casa.
Mas aquelas malditas correntes multiplicaram-se, apertando meu corpo e me empurrando contra a parede no outro canto do corredor.
Eu não quero ficar presa aqui para sempre! Eu tentei gritar para elas.
Elas afrouxaram.

Reconheciam minha voz? Por quê?

O resto do dia passou. Miyuki continuou cantando aquela irritante música o tempo inteiro, enquanto arrumava uma estranha coroa com flores de cerejeira azuis. Parou na porta do quarto de Hanyuu por cinco minutos, enquanto segurava uma camisola branca.

Abriu a porta do quarto e jogou a roupa para dentro. Hanyuu estava no canto do aposento, com a cabeça escorada na parede, ainda enrolada do cobertor. Estava com medo. Miyuki olhou para ela tristemente, mas o que a garota viu foi um olhar frio e repreensor.
- Apresse-se. - Disse com a voz trêmula, a miko - Já é hora do crepúsculo. Daqui a pouco começa a c-cerimônia.
Ela saiu e trancou a porta novamente. Estava suando frio.
Voltou para o quarto e vestiu um fato especial de miko. Era roxo ao invés de vermelho, representava as mikos da lua. O fato parecia gasto. Reformado. Junto com ele, vinha um bilhete que ela leu em voz alta.

"Tsuki no miko. Este é o fato que ela usou para selar um demônio poderoso, há duzentos anos. Veste sagrada que apenas poderá se usar para selar demônios poderosos."
- Aqueles malditos leram isso - ela rangeu os dentes.

O demônio poderoso há duzentos anos atrás era eu.
Então a Tsuki no miko...
...era ela?

Eu me joguei contra a mikonobaka, mas fui parada na porta. Raspei inutilmente as unhas no chão para tentar me aproximar dela.

Sayumi! Ela está com o fato da Sayumi! Me soltem, correntes bastardas, alguém precisa tirar aquele fato dela! - Eu voltei a gritar sem sucesso.
Ninguém ouviu. Ela colocou a coroa cheia de adornos na cabeça e pegou [aquela vareta com papeizinhos na ponta que eu não sei o nome].
Até o quarto de Hanyuu foi um caminho longo. Para girar a maçaneta ela precisou de muito esforço.
A garota estava abraçada em seus joelhos em cima da cama, usando a camisola. Miyuki queria abraçar a filha e levá-la embora, mas não poderia.
Nem ela sabia porque não. Mas tinha medo.
- Vamos - Ela chamou Hanyuu friamente.
A menina colocou as pernas finas para fora da cama e pulou.
- Eu vou descalça? - Hanyuu perguntou inocentemente. Miyuki queria chorar.
Ela agarrou o braço da menina e arrastou-a para fora do quarto. Estava assustada. Não sabia o que aconteceria se tentasse selar uma humana normal. Tinha medo do desconhecido.


Humanos são fracos.


Quando as duas passaram por mim eu levantei, tentei agarrar o braço de Hanyuu. Novamente aquelas desconcentrantes ondas elétricas invadiram meu corpo e me deixaram imóvel. Eu apenas fiquei lá, olhando para a menina enquanto ela ia embora.
Mas então, ela virou para mim. Olhou fixamente nos meus olhos. Eu estranhei, olhei para trás, e quando virei, ela continuava me encarando. Mikonobaka estava trêmula tentando abrir a porta. Quando finalmente a destrancou, Hanyuu ergueu o braço e acenou para mim, sorrindo.
- Oni-san*, não chore. Eu volto já.
Miyuki não estava prestando atenção, mas eu estava. Corri até a garota, mas a mikonobaka fechou a porta antes de eu chegar nela.

Parem-na. Onegai. Aquela garota não merece isso. Eu merecia.

Me ajoelhei na porta, e comecei a dar socos nela, mas ela não abriu. Quando eu vi, havia várias correntes douradas ao redor de mim, atirando-se contra a porta.

Ótimo, agora elas me obedecem?

Subitamente, a porta abriu com o esforço. Mas eu continuava presa à parede no final do corredor.
Dei um passo. Era como se a corrente fosse afrouxando, pouco a pouco, para mim sair, mas para voltar depois.
E depois desse passo, dei outro. E outro. E continuei dando passos, para fora da casa, e do portão.Me senti estranhamente feliz, e tentei correr. Mas parei.

Havia uma multidão se aglomerando na rua por uma grande extensão além de mim. Atravessei elas, inaudível como sempre. Então, no centro da rua, perto de uma fonte falida, havia um grande palco de madeira com uma espada ocidental cravada no seu centro. Na fileira da frente havia cadeiras. Lá sentariam os chefes, para assistir o que consideravam um grande espetáculo. Hanyuu estava de pé atrás da espada, no palco. Estava de costas para as cadeiras, olhando para alguma coisa ao longe. Ela fitou por um longo tempo a colina onde estava a Meimei no Sakura antes. Agora só restava pedaços cinzas de madeira podre. O espírito havia partido.
Miyuki subiu no palco. A multidão a bravou. Hanyuu virou-se para a mãe, os olhos brilhando com as tochas que acabavam de ser acendidas nos quatro cantos do palco. Um homem com uma máscara estranha começou a bater num tipo de tambor. A miko respirou fundo. Eu olhei para ela na frente do palco. Rosnei, mas ninguém ouviu. E eu continuei lá, parada em frente as cadeiras, vendo um selamento muito mais elaborado que o meu. Miyuki ergueu [aquela vareta].
- Demônio que vaga sobre a terra trazendo destruição - Ela começou, quase chorando.
- Okaa-san... - Hanyuu sussurrou.
- retorne sobre ti a áura maligna que demandou sobre as pessoas que f-feriu...
- Doushite...
- dentro dessa espada, agonize pela eternidade... sobre o terror que pr-proferiu...
- Anata wa...
- e-eu selo-te agora... para fazer retornar... a paz sobre este lugar - Miyuki parou. E parou por tanto tempo que as pessoas começaram a se erguer para o palco para ver o que estava acontecendo. As lágrimas escorriam sorrateira e silenciosamente pelo rosto da miko.
- Watashi wo - Hanyuu continuou sussurrando.
- Huin*! - A miko gritou por fim, com uma voz fina de choro.
- Oni o...yonde?*
Nada aconteceu nos três primeiros segundos, aparentemente. Apenas Hanyuu, que engoliu aquele medo que sentia e o transformou em ódio. Um ódio crescente, que fazia suas pupilas fendadas cada vez mais finas. Hanyuu se agachou no palco, com as mãos na cabeça. Naquele momento, as correntes que serpenteavam pela platéia e agarravam meus tornozelos soltaram. Caíram no chão, como se tivessem perdido a vida.
A menina de cinco anos se levantou brutalmente, e gritou. A espada cravada em sua frente brilhou em branco, e tentou a sugar para dentro, mas não adiantou. Ela continuou lá, na sua onda de ódio.
As pessoas que estavam sentadas levantaram quando Hanyuu caiu de joelhos novamente. Eu dei um passo para frente e chutei sem querer as correntes, que recuaram depressa, deixando-me livre. Mas ninguém ainda conseguia me ver.

Eu percebi então que nem eu mesmo mais conseguia me enxergar.

Meu corpo começou a dissolver suavemente em youki. O que restou de mim acordou na frente da garota, olhando fixamente para ela. Hanyuu olhou de volta para o quase-eu que estava ali, com dor nos olhos.
- Oni-san, por que eu sou um demônio?
As pessoas ao redor só viam uma menina louca olhando para o vazio.
Você não é um demônio. Elas que são. E por serem demônios, elas precisam de alguém que não seja para jogar a culpa em cima. Esse alguém é você. Eu falei, e minha voz saiu estranhamente para ela.
A parte de mim que havia virado youki agora rondava o corpo da menina. Era uma cena familiar. E começou a correr suas entranhas, deixando-a mais forte.
- Por que eu? - uma única e singela lágrima escorreu pelo seu olho direito.
O eu-espírito abaixou-se e segurou firmemente o rosto da garota.
Porque você tem o mesmo sangue que eu.
E nesse lugar, as do nosso sangue nasceram para sofrer

A espada brilhou fortemente, e se partiu em vários pedaços. Eu fiquei cega por um momento, e quando eu acordei tudo estava escuro.

E novamente eu estava imóvel.

Mas não era numa casa. Eu não ouvia mais as outras vozes. Apenas uma única ofegante respiração, que não era a minha. Eu estava presa pelas correntes que eu aprendi a controlar. Contorcida num casulo de ferro, que me enfraquecia cada vez que eu me mexia.

Onamae wa?

Uma voz ecoou pelo lugar vazio. E então uma luz dourada brilhou em minha frente, e tomou a forma da garota.
Ela repetiu.

Onamae wa?

- Watashi wa... - Minha voz saía normalmente agora - Sayuri desu.

Sayuri-chan, você está dentro de mim agora - a Hanyuu flutuante estendeu-me os braços.
Você, que é um demônio completo, está dentro de um corpo humano. Eu me tornei o que chamam de humano hospedeiro para você agora.

Estranhamente, ela sabia tudo. E não chorava ou me mandava embora. Ela apenas continuava ali, sorrindo com os braços estendidos para mim.

Saa, Sayuri-chan. Eu preciso de você agora

Ela veio até mim sorrindo, e agarrou-se no meu casulo de metal.
As correntes se soltaram um pouco, e novamente eu acordei em outro lugar. Era um lugar infernal. Pessoas gritavam e corriam para todos os lados. Havia uma mulher estática na minha frente. Eu não enxergava bem. Apenas via vultos correndo de um lado para outro enquanto ouvia em alto e bom som uma respiração que não era a minha. Olhei para as minhas mãos. Era o corpo de uma criança.

Eu estava selada no corpo da Hanyuu. E conseguia me mover livremente, quando ela queria.

Virei a cabeça e olhei para trás rapidamente. Meu cabelo estava loiro, natural para mim, mas não para ela. Dei quatro passos para a frente e topei com um pedaço de espada no chão. Olhei para ele. O rosto ainda era da garota, mas os olhos eram meus. Porque era eu quem enxergava agora. Olhei para a miko.

- Ora, mikonobaka - eu falei. E a voz saiu a mistura da minha com a de Hanyuu - Você ainda tem medo do desconhecido? Ou tem medo do que descobriu? Pelo que parece, quando se tenta selar um humano, o espírito vagante mais próximo é selado nele. - eu sorri. Um sorriso maligno, que eu só aprendi a fazer depois que me tornei um demônio - arigatou, ne.

Eu desci do palco em direção as cadeiras. Havia me esquecido de como era rápida e forte, mesmo num corpo de 5 anos. Havia apenas uma pessoa parada me olhando espantada. Era Umino Akira. Ele pegou uma das cadeiras e atirou-a contra minha cabeça. Fique tonta, mas ao me apoiar no chão, com um impulso, voltei a ficar de pé. Sorri para ele, e lhe dei um chute. Não era para ele ter voado tão longe, muito menos ter sido cravado na parede de uma loja. Ele caiu no chão, com a coluna quebrada.

Perfeito, matei mais um.

-------
Na manhã seguinte, eu estava de volta as correntes. Podia ouvir a respiração pesada de Hanyuu, e suas batidas cardíacas coordenadas. Pobre garota. Mas o seu final era ainda melhor que o meu.

Ah é.

A vida dela não acabou ainda.

Mas que droga.

~~~

Oni-san: não é de onii-san, irmão. É de oni, demônio-san.
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"Okaa-san, doushite anata wa watashi wo oni o yonde?": Mãe, porque você me chamou de demônio?
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeSeg Jan 05, 2009 7:11 pm

Pronto, já comentei (H)
*foge*

Capítulo enorme, né? Mas também, um dos melhores que eu já li. =O
E, pelo visto, você copiou a idéia da Cake de Sayumi 8D
No final eu não entendi se o "selar" dela era pra ser o mesmo da Enma Ai. Mas que lembrou bastante, lembrou XD
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeSeg Jan 05, 2009 7:13 pm

*------*
Ah, cheki, eu que disse pra ela fazer Sayumi XD

"Ah é.

A vida dela não acabou ainda.

Mas que droga."

Yay /o/
\o\ Ficou ótimo, Han-chan.
Não acabou, acabou?
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeSeg Jan 05, 2009 7:14 pm

Não. Ainda falta mais um capítulo e um Epílogo 8D
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Jan 06, 2009 10:30 am

Não falta mais (h6)
Acabei finalmente AEEEE se fodam com o final.
Super short cap 4 e epílogo tudojuntomisturadocomchicletemastigadoAAAA *corre*

Capítulo 4 - Exaustão

"Nee-sama, um dia tudo vai ficar bem e nós iremos viver felizes."
Repita isso agora, Sayumi.

Não que eu esteja infeliz agora. Mas felicidade é um sentimento muito complexo para os demônios. Não há muitas coisas nesse mundo que nos trazem felicidade. Porque nós somos feitos de poucos sentimentos malignos, como a fúria. Eu ainda tenho sorte de ser sóbria.

Passaram-se 8 anos desde que fui selada no corpo de Hanyuu. As correntes que me cercavam eu aprendi a controlar, enquanto ela aprendeu a controlar a mim. Ela apenas mosrtava para mim o que queria que eu visse. As vezes eram a sua respiração, ou as suas batidas cardíacas. Haviam também vozes e imagens, e o vazio. Eu nunca sabia o que ela ia fazer em seguida. Num segundo, estava ouvindo seu coração, e no outro, sua respiração começa a ficar alta, cortando o outro som. Cinco minutos depois, eu ouço vozes e imagens tão baixas que parecem uma televisão defeituosa. E então, tudo acaba, como se fosse desligado, e eu volto a ouvir seus batimentos. Era irritante, de alguma forma. Mas suprimia o meu tempo livre.
Que não era pouco, tenho que dizer.
Quando mais o tempo passou, menos coisas eu fui ouvindo. Quando ela era apenas a desiludida criança de 5 anos, eu conseguia ver e ouvir tudo, o que chegava a ser desconcentrante. Mas a criança cresceu, e virou uma garota cheia de ódio no peito. Cheia de desejos de vidas melhores, soterrados naqueles olhos que passaram para um verde profundo, impenetrável.


Naquele dia, eu podia apenas ouvir a sua voz. Ela parecia estar chorando de raiva, e fazendo alguma força.
- Aqueles garotos - ela puxou o cabelo de novo - me tiram do sério.
Ela parou para examinar a grande bola de cabelo enosado e goma de mascar presa num galho baixo de árvore que seu cabelo tinha virado. Para piorar, havia outra grande mecha presa num galho diferente, bem mais curta que o resto.
- Perfeito! - Hanyuu deu um soco mal dado na árvore, que abriu uma grande fissura.
Ela olhou para seus dedos. Abriu suas garras. Olhou para o cabelo preso na árvore.
- Isso é loucura. Mas não tem outro jeito - Ela segurou firmemente o cabelo com a mãe esquerda e cortou o cabelo embolado com a direita.
Ela fez a mesma coisa com a mecha menor. E o seu cabelo que passava da cintura ficou um pouco abaixo do ombro. Com uma ridícula parte mais curta que as outras. Voltou para casa quase correndo.
Miyuki estava limpando o templo, que tinha acabado de ser visitado por turistas. Olhou para a filha de relance. Seu coração apertava cada vez que olhava para ela.
Hanyuu entrou no quarto. Ele não havia mudado nada desde que ela nasceu, eu acho. Ela estava bufando. Nunca a vi com tanta raiva. Ou talvez ela tenha ficado, mas não me mostrou.
- Pra mim já chega! - ela chutou um dos pés da cama com força, fazendo-o quebrar. Olhou bem para aquilo na hora - ÓTIMO!
E só ficou com mais raiva ainda, e chutou a cama mais uma vez, quebrando a base.
- Eiei, com calma - Eu disse - O que aconteceu afinal de contas?
- Eu aturei as pessoas daqui pela última vez. - Ela subiu no armário e pego uma mochila velha e empoeirada - Eu vou fazer um favor para eles e vou embora.
Ela começou a jogar as poucas peças de roupa que tinha para dentro da mochila.
- E pra onde você vai? - Eu perguntei.
- Não sei ainda - ela hesitou - mas vai ser algum lugar bem longe.

Naquela noite, como todos os dias, a janta da garota apareceu na porta do quarto. Ela comeu metade e embrulhou o resto para comer depois. Levou o prato para a pia, e viu sua mãe sentada.
- Da próxima vez que quiser cortar o cabelo use uma tesoura - ela jogou.
Imbecil - Foi o que Hanyuu sussurrou nos pensamentos.

Naquela noite, quando todos dormiam, Hanyuu foi embora da vila.
Naquela noite, quando quase todos dormiam, Miyuki viu a filha partir e chorou.

Na noite seguinte, quando todos já estavam sabendo, houve uma festa.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Epílogo - Onee-sama.

- Eu estou com fome, Sayu. Estou cansada de andar.
Hanyuu estava na beira de uma estrada de chão batido, depois de ter caminhado a noite inteira e boa parte do dia seguinte. Escondia a cabeça entre os braços que se apoiavam nas pernas.
- Eu avisei - Respondi.
Hanyuu estava um lixo. Suja, com olheiras e a voz fraca. Havia comido o resto da janta de almoço. Mas não tinha sido o suficiente, para o tudo que andou. Eu poderia me sentir cansada por ela, se eu tentasse.

Ao longe, ela ouviu um barulho estranho. Como se alguma coisa muito dura batesse no chão repetidas vezes, e continuasse batendo coordenadamente. O som foi ficando mais alto, até que parou. Estava perto, ela podia sentir. Ouviu um bufar muito alto e estranho. Olhou para cima com muito esforço.
O que ela viu foi um grande cavalo cor de carvão parado no meio da estrada, olhando para frente. Em cima do cavalo havia uma garota.

Quando Hanyuu me mostrou aquilo, eu entrei em choque.

A garota usava uma calça colada preta e um top branco. Tinha grandes cabelos negros e olhos familiarmente verdes.

Os olhos dela eram idênticos aos de Hanyuu. Eram até fendados como os dela. Aliás, tudo nela relembrava Hanyuu. Até o formato do rosto e o contorno da boca.

Mas ela não era meio gato.

A garota e a Hanyuu ficaram um longo tempo se encarando. Hanyuu não parecia tão chocada quanto eu, mas parecia muito espantada. A garota parecia curiosa.
- Quem é você? - Perguntou Hanyuu.
A garota sorriu.
- Pelo seu estado, acho que eu devia fazer essa pergunta, mas tudo bem. - Ela desceu do cavalo num pulo. Sua voz era tão parecida que eu tive que me concentrar para saber que era ela quem falava. Até o jeito de andar era igual.
- Meu nome é [Nokagami?] Suzumi. E você é? - Ela dobrou um pouco os joelhos, para ficar mais perto da altura de Hanyuu quando estava sentada.
- Eu sou...Y-Yuasaka Hanyuu, - Ela falou, ainda hesitante e espantada.
A expressão de Suzumi passou de curiosa para fascinada. Ela se ergueu lentamente.
- Onee-sama.

Onee-sama? Eu pensei.

- Onee-sama! - Suzumi abraçou Hanyuu com força, mas logo a soltou. - Eu estou tão feliz de finalmente ter te conhecido! Mas você parece diferente de como eu tinha imaginado. Não muito, mas ainda parece!
Ela deu alguns passos para trás.
- Saa, Onee-sama. Venha até a minha casa, você precisa conhecê-la. E o chichi foi viajar, não tem problema.
Hanyuu remexeu-se um pouco.
- Você deve estar me confundindo com outra pessoa. Eu não tenho uma... imooto.
- Ah. - Suzumi deixou esvair o entusiasmo. - Então eles nunca contaram para você.
Ela riu.
- Na verdade, eu não sou sua imooto. Eu não nasci do ventre de nossa mãe. Minha criação foi diferente.
Ela estendeu a mão para Hanyuu.
- Venha comigo, eu vou mostrar para você.
Hanyuu hesitou.
- É melhor não - Eu disse. Não gostava daquela garota. Ela tinha um cheiro parecido com o meu.
- De alguma forma - Hanyuu levantou-se, com a ajuda de Suzumi.

- Eu acredito nela.
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitimeTer Jan 06, 2009 7:08 pm

Spoiler:

Hanyzete, te odeio. Você parou justamente na parte mais interessante e_e *chuta*
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MensagemAssunto: Re: Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição.   Minha sina, sua sina. Nosso destino e nossa maldição. Icon_minitime

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